terça-feira, 14 de maio de 2013

POEMA

Triste tarde
(Diogo de Oliveira Costa)

Como um disco girando ao contrário
Velhos medos trava, um árduo duelo dentro de mim.
O tempo que se foi havia levado para longe,
para a terra do esquecimento.
Numa tarde triste eles voltaram a me assombrar
como um exército em ordem de batalha.
O que há muito ficara no esquecimento
torna-se real novamente.
Realidade que destrói novos planos
levam a felicidade e trazem a tristeza.
O brilho do fim de tarde já não é mais o mesmo.
Os pássaros estão mudos.
as flores que eram lindas, hoje não possuem cor.
Travo uma dura batalha, luto contra o que fui.
A vontade de viver o novo é mais forte...
Sigo em frente, com os que amo...
E ao longe a tristeza se vai, ao menos por hora.

sábado, 4 de maio de 2013

POEMA

Vidas de outrora
(Diogo de Oliveira Costa)

Tomo chimarrão quente, sem ferver.
Tomo erva amarga que lembra o doce do viver.
No calor da cuia passada de mão em mão
aqueço toda minha alma e meu coração.
As prosas contadas de pai pra filho,
de amigo pra vizinho,
de primo pra irmão,
contam vidas de outrora
onde o respeito não caia ao chão.
Sentimentos, pensamentos, dores e amores,
compartilhados numa pequena cuia,
são lições de vida ou conselho puro.
A dor do coração se acabado junto da água,
todo o frio da alma nesse instante morre,
o coração começa a pulsar mais forte
como um brado de liberdade.