sábado, 4 de maio de 2013

POEMA

Vidas de outrora
(Diogo de Oliveira Costa)

Tomo chimarrão quente, sem ferver.
Tomo erva amarga que lembra o doce do viver.
No calor da cuia passada de mão em mão
aqueço toda minha alma e meu coração.
As prosas contadas de pai pra filho,
de amigo pra vizinho,
de primo pra irmão,
contam vidas de outrora
onde o respeito não caia ao chão.
Sentimentos, pensamentos, dores e amores,
compartilhados numa pequena cuia,
são lições de vida ou conselho puro.
A dor do coração se acabado junto da água,
todo o frio da alma nesse instante morre,
o coração começa a pulsar mais forte
como um brado de liberdade.

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